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Alinhando os eixos

  • P.L.
  • 5 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 26 de mar. de 2021

Paciente de 26 anos, sofreu um acidente de moto há 2 semanas, fraturando a tíbia e a fíbula de forma fechada.


Não há nada muito especial na fratura em si, mas sim na técnica cirúrgica. O meu plano inicial para qualquer tíbia é uma haste. Como era uma fratura muito baixa, a ideia foi fazer a haste com o joelho em extensão para facilitar a redução. A fíbula em si não precisa ser fixada nesse caso pra dar estabilidade pro tornozelo.

O problema principal é como avaliar a redução. A fratura é muito cominuida, muitos fragmentos, então não existe nenhum parâmetro pra saber se a redução tá boa. Uma alternativa é fazer um raio X com um chassi convencional no meio da cirurgia pra avaliar a perna toda na mesma imagem, e comparar com o lado contralateral. Isso é uma boa ideia, mas toma muito tempo, da muito trabalho, e ainda assim da margem para erro.


A solução vem da fíbula. Por ser uma fratura simples e permitir uma redução anatômica, fixar a fíbula ajuda muito a ganhar o parâmetro de alinhamento, comprimento e rotação. O plano então era começar a cirurgia reduzindo a fíbula de forma aberta pra ajudar a corrigir os eixos da tíbia. A fixação da fìbula escolhida foi intramedular, já que não havia instabilidade relacionada a encurtamento da fibula.



Com um alinhamento bom da tíbia, foi feito o ajuste fino da redução manualmente e a haste foi inserida com o joelho em extensão, por um acesso parapatelar lateral.







Nas fraturas baixas da tíbia, sejam metafisárias ou articulares, é muito importante ter algum parâmetro, pq a anatomia distal da tíbia é muito variável entre as pessoas.




Links úteis:

- Avaliação da redução da tíbia distal


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