Fratura da margem anteromedial do platô
- P.L.
- 3 de dez. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de dez. de 2020
Paciente de 46 anos, com história de acidente de moto. Foi levado a outro hospital pelos bombeiros, onde foi imobilizado com uma tala e transferido com o diagnóstico de fratura do platô tibial.

Essa não é uma fratura comum do platô. Fraturas pequenas da margem da articulação em geral significam uma avulsão feita pela cápsula, ou uma fratura por luxação articular. A fratura da cabeça da fibula só aumenta a suspeita de luxação do joelho. O raio X em perfil com estresse não deixa dúvida que foi uma luxação com lesão multiligamentar do LCP e canto posterolateral por avulsão da cabeça da fibula. A fratura anteromedial isolada do platô é bem característica dessa lesão.

Conversando com a equipe de cirurgia do joelho, a orientação foi de fixar a fibula e o platô, e deixar a reconstrução do LCP para um segundo tempo. O acesso à fibula proximal é bem semelhante ao acesso da reconstrução anatômica do canto posterolateral do Robert Laprade. O importante é fazer um acesso grande o suficiente pra dissecar bem o nervo fibular para que um edema pós-operatório não cause neuropraxia. O outro detalhe é que depois da neurólise, o joelho é dobrado pra tirar a tensão do nervo.




É comum o biceps estar lesionado na sua inserção na fíbula nas lesões do canto posterolateral, mas nesse caso ele estava inteiro, o que explica o pouco desvio da fibula.
A fíbula foi fixada com uma placa funcionando como banda de tensão, e em seguida o platô foi fixo através de um acesso anteromedial com uma placa de suporte. No pós-operatório foi colocado um brace de joelho com apoio posterior na panturrilha até a programação da cirurgia do LCP.



Links úteis:
- Fracture of the Anteromedial Tibial Plateau Associated with Posterolateral Complex Injury: Case Study and Literature Review
- Dissecação do canto posterolateral
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