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Haste vs. placa vs. atj

  • P.L.
  • 1 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 8 de dez. de 2020

Paciente de 70 anos, bem independente, sofreu uma queda em casa tendo essa fratura do fêmur. Ela tinha uma artroplastia total do joelho há anos no mesmo membro, caracterizando a fratura como periprotética.


As fraturas periprotéticas tem algumas peculiaridades em relação às tradicionais, principalmente as seguintes: o paciente é idoso, então precisa sair da cama o mais rápido possível pra evitar complicações que levam a mortalidade, os parafusos precisam dividir o espaço no osso junto à prótese, e, por último, é preciso evitar um espaço livre entre a prótese e o implante da fratura para evitar uma área de concentração de estresse mecânico.

Por ser uma fratura do fêmur, a haste é, em geral, o melhor implante possível pra essa fratura. Ela permite a deambulação no dia seguinte, é capaz de proteger toda a diáfise, e é colocada de forma minimamente invasiva. Pra essa fratura especificamente existe a vantagem da estabilidade relativa ser o mais indicado também...

O problema é que nem todas as próteses são compatíveis com uma haste retrógrada. Isso acontece principalmente nas próteses de caixa fechada, que não permitem a passagem da haste, e naquelas próteses cuja incisura termina em um ponto muito posterior, o que impede que o ponto de entrada da haste seja adequado. É sempre importante saber qual o modelo da prótese quando o plano inicial é colocar a haste para fazer esse planejamento. Essa era um modelo Sigma antigo da DPS que era incompatível com uma haste retrógrada.



Quando a haste retrógrada não é possível, a segunda melhor opção é uma haste anterógrada. Mas isso depende da altura da fratura e dos tipos de bloqueio disponíveis na haste. Essa fratura era muito baixa pra uma haste anterógrada.


Como foi o raciocínio por trás do caso: a fratura é um padrão de baixo strain, tendo uma boa indicação de estabilidade relativa. Como a fratura era muito baixa, era impossível evitar o contato com o foco durante a colocação do implante, então a redução direta já foi planejada desde o começo. Mas ainda que com a redução aberta, a placa é colocada em ponte, evitando um grande acesso cirúrgico. A placa era compatível com a anatomia do osso da paciente, então foram utilizadas apenas pinças colineares pra redução.


É relativamente comum que essas placas do modelo LISS ou imitações não fiquem perfeitamente acamadas na região mais proximal do fêmur. Isso começa a acontecer normalmente com placas longas acima de 11 ou 12 orifícios.





Links úteis:

- Influence of Femoral Component Design on Retrograde Femoral Nail Starting Point


- Periprosthetic Supracondylar Femoral Fractures Above a Total Knee Replacement: Compatibility Guide for Fixation With a Retrograde Intramedullary Nail


- Retrograde femoral nailing of periprosthetic fractures around total knee replacements


- Mismatch of anatomically pre-shaped locking plate on Asian femurs could lead to malalignment in the minimally invasive plating of distal femoral fractures: a cadaveric study.


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